O Especialista

Dr. Sérgio Roberto Tiossi Dr. Sérgio Roberto Tiossi
CRM - 92887 Médico graduado pela Universidade Estadual de Londrina/PR (UEL) com Residência Médica de Angiologia e Cirurgia Vascular pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE/SP), Especialização em Cirurgia Endovascular pela Santa Casa de São Paulo/SP, Assistente Preceptor de Ensino e responsável pelo setor de Insuficiência Venosa Crônica e Úlceras Venosas do HSPE/SP, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Membro do Capítulo Brasileiro da SVS (American Society for Vascular Surgery) e Membro da Sociedade Brasileira de Tratamentos Avançado de Feridas (Sobratafe). Cirurgião Vascular com ampla experiência nos tratamentos vasculares estéticos, nas doenças venosas e nas doenças arteriais. As doenças vasculares causam grande sofrimento físico e psíquico, além de piora na qualidade de vida.

O que faz um Cirurgião Vascular?

Especialista que trata as doenças das veias, artérias e linfáticos.

Nos últimos anos tem se dedicado à área de Flebologia, realizando Tratamentos Cirúrgicos Minimamente Invasivos das Varizes, Microvarizes dos membros inferiores e Varizes Pélvicas com rápido retorno ao trabalho e às atividades cotidianas; Escleroterapia Estética com Espuma e Crioescleroterapia (“secagem de vasinhos”), Tromboses Venosas Profundas (TVP) e Tromboflebites com prevenção de suas sequelas, Cicatrização das Úlceras Vasculares com curativos “inteligentes” e Laser de baixa intensidade.

Tratamentos

Varizes e Microvarizes

O sangue é impulsionado para todo o corpo pelo coração através das artérias que nutrem os órgãos e tecidos. O retorno da maioria desse sangue retorna ao coração através das veias e outra pequena parte pelos linfáticos.

Estudos demonstram que uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens irão apresentar varizes no decorrer da vida. Esta frequência pode aumentar se houver histórico familiar de doença vascular (avós, pais e irmãos), uso crônico de anticoncepcionais, tabagismo, sedentarismo ou obesidade.

Varizes são dilatações e tortuosidades venosas que acometem as veias dos membros inferiores e são facilmente percebidas pelo próprio indivíduo ou por seus familiares. Uma vez que aparecem as varizes, sua progressão é contínua, visto que a parede da veia alterada não volta ao normal e precisa de tratamento adequado. Elas tendem a aumentar e a acometer as veias vizinhas que se interligam e se encontram saudáveis, pois o sistema venoso é um sistema de vasos comunicantes. A pressão venosa elevada no interior da veia dilatada é transmitida à veia vizinha e assim sucessiva e progressivamente.

As varizes voltam?
Normalmente não, mas outras veias próximas e de outras regiões que observam-se aparentemente normais, mas que também têm em seu código genético a tendência de se tornar varizes, podem se dilatar no decorrer com o passar do tempo e por isso são necessários cuidados periódicos e prevenção, de modo a diminuir o surgimento de novas varizes e diminuir a velocidade de progressão das dilatações preexistentes.

Detectada a presença das varizes, o único tratamento para eliminá-las é através de intervenções (escleroterapia ou cirurgia) que eliminam a maioria das veias doentes que, além de não cumprirem sua função de bombear o sangue venoso de volta ao coração, ainda provocam o acúmulo de sangue nos membros inferiores.

As veias retiradas ou eliminadas não farão falta?
Não, pois as veias saudáveis suprirão aquelas retiradas ou excluídas e a circulação se adapta à nova situação.

O tratamento depende do tipo, localização e grau de evolução das varizes, cor da pele, idade e preocupações estéticas a respeito dos resultados, mas cabe ao Especialista confirmar o diagnóstico, avaliar o grau de comprometimento das safenas ou do sistema venosa profundo e, posteriormente, programar o tratamento adequado, diminuindo as recidivas. Se você tem alguma dúvida sobre o assunto? Converse com o Cirurgião Vascular, pois ele é quem tem o conhecimento sobre todas as modalidades de tratamento, seus resultados e suas eventuais complicações.

Alguns medicamentos flebotônicos e cremes anunciados em revistas, tv e internet, não eliminam o problema ou tampouco mudam a evolução da doença, mas podem aliviar os sintomas, se adequadamente prescritos.

Varizes Tronculares associadas e/ou insuficiência da veia Safena
Quando há varizes tronculares (de grosso calibre) ou insuficiência (refluxo venoso) da safena, há a necessidade de tratá-las cirurgicamente. Habitualmente causam sensação de peso, câimbras, cansaço, dor nas pernas e/ou edema (inchaço) nos tornozelos e pés. Nos casos avançados pode levar a alterações crônicas da pele (escurecimento e/ou eczema), flebite (inflamação na veia), celulite (inflamação da pele) e erisipelas (infecção da pele). Em seu grau mais avançado (grau 6) pode causar úlceras (feridas) extremamente dolorosas e de difícil cicatrização.

Atualmente temos três métodos de tratamento saber:

• Cirurgia de "Stripping" (retirada): consiste na retirada cirúrgica das veias doentes com micro incisões (1-2 mm) ao longo dessas veias dilatadas e incisões de 3-4 cm na virilha e ao nível do tornozelo (se for necessário a retirada radical da safena) ou ao nível do joelho (se for a retirada parcial da safena). Realizada em centro cirúrgico, necessitando avaliação pré-operatória, raquianestesia (ou anestesia peridural) e internação hospitalar de 12 a 24 horas. É ainda o padrão de tratamento mais frequentemente utilizado no Brasil.

• Laser ou Radiofrequência: métodos utilizados para o tratamento minimamente invasivo das veias safenas. Consiste na sua cauterização acima do joelho, guiada por eco-doppler (ultrassom) e pode ser realizada no centro cirúrgico em regime de hospital-dia com internação de 6 a 12 horas ou ambulatorial sob anestesia local que é a grande vantagem do método. Os resultados são semelhantes ao da cirurgia convencional, porém com o custo do procedimento um pouco superior ao da cirurgia convencional. Atualmente é considerado pelos Americanos e Europeus o melhor método de tratamento para as safenas.

• Espuma Densa: consiste nas injeções de microespuma de polidocanol guiadas por ultrassom (eco-doppler). É o método menos invasivo e de menor. Muito segura nas mãos de profissionais experientes e quando utilizada no tratamento das safenas, necessita do auxílio do eco-doppler para realização do tratamento com segurança. Realizada no consultório e sem anestesia, pois necessita de uma ou duas punções diretas na pele, ao nível da safena. Praticamente indolor e não necessita de internação, porém apresenta resultado estético um pouco inferior ao da cirurgia convencional, se as varizes forem muito calibrosas. É o melhor método para os pacientes idosos, quando há contra-indicações clínicas para os métodos anteriores e para pacientes em uso de anticoagulantes. É o padrão de tratamento Francês e Italiano para as safenas.

Micro Varizes
É a forma mais frequente de manifestação clínica das varizes. Causa preocupação estética ou sintomas de peso, câimbras, cansaço ou dor nas pernas. Raramente causa edema (inchaço) e que quando ocorre, está associado a insuficiência da safena, varizes tronculares de grosso calibre ou a outras causas não vasculares.

Pode ser tratada com mini cirurgias com anestesia local ou através de injeções da microespuma de Polidocanol e realizada no consultório.

A Espuma Densa é considerada hoje, na maioria dos países do mundo, o padrão para o tratamento das micro varizes, uma vez que não necessita internação ou centro cirúrgico e pode ser repetida quantas vezes forem necessárias; resultados estéticos e funcionais semelhantes à cirurgia convencional. Utilizada também quando as micro varizes estiverem associadas às Telangiectasias ("vasinhos").

Atualmente é meu padrão para o tratamento estético e funcional das micro varizes e telangiectasias quando não há varizes tronculares ou insuficiência da(s) safena(s).

Escleroterapia Estética e Funcional

Todo método de tratamento, se invasivo, deve ser somente realizado por médicos.

Desta forma, a escleroterapia de veias deve ser realizada por Cirurgião Vascular devidamente credenciado e habilitado no tratamento das doenças venosas em suas diferentes formas de apresentação e fases de evolução. Em determinados vasos de finíssimo calibre, é necessário auxílio de uma lupa microcirúrgica para sua melhor visualização, aumentando a imagem em 2 a 3 vezes.

A Escleroterapia consiste na injeção de substâncias esclerosantes em varizes de diferentes calibres. Em alguns casos, mesmo adequadamente realizadas e bem indicadas, podem não ter o efeito desejado e o paciente necessitar de uma cirurgia venosa para posteriormente, reiniciar-se a escleroterapia.

A escleroterapia venosa tem sua principal indicação para as telangiectasias (pequenas veias dilatadas de coloração azulada ou avermelhada e em "forma de aranhas ou fios de cabelo") e para as micro varizes que acometem principalmente mulheres após a segunda década de vida. Causam constrangimento estético, a ponto de algumas pessoas se envergonharem de expor as pernas quando usam shorts ou saias e acabam evitando, assim, o uso dessas roupas. Como vivemos em um país tropical isso pode ser um grande transtorno, principalmente às mulheres. Outras vezes podem causar sintomas como coceira, queimação e/ou dor local.

O procedimento é muito efetivo e quase indolor, evitando-se a cirurgia na maioria dos casos com as vantagens de ser realizado no consultório, evitando internação, anestesia raquidiana (ou peridural) e não é preciso afastar-se do trabalho ou das atividades cotidianas, já que o retorno é imediato. Não há restrições de atividades após as sessões de escleroterapia, porém é bom que se evite exposição solar nas regiões tratadas em torno de uma a duas semanas, dependendo do tipo de pele.

A técnica da Espuma Densa nos permite, hoje, melhorar o resultado estético e funcional das sessões de escleroterapia em praticamente todos os casos, inclusive nos "casos complicados de recidivas" e naqueles pós-operatórios em que algumas varizes "não saíram totalmente" durante a cirurgia. Orientamos que se utilize uma meia elástica graduada de compressão por 12 a 24 horas após as aplicações, dependendo do calibre e da localização do vaso tratado.

Utilizamos técnicas combinadas para atingirmos um melhor resultado estético: Espuma Densa, a Crioesclerose (injeção de glicose ultra-gelada a -44 graus) e a Glicose Hipertônica.

Cicatrização de Úlceras Venosas

A maioria das úlceras de perna são de origem vascular; 80% delas são venosas.

As úlceras venosas são feridas na pele que surgem espontaneamente, ou após pequenos traumatismos nas pernas, em indivíduos que apresentam uma hipertensão venosa crônica (acúmulo de sangue venoso de longa duração) causada por varizes ou sequelas de TVP (Trombose Venosa Profunda). O tratamento consiste, além dos curativos locais, combater a hipertensão venosa que causou ou mantém a úlcera.

É importante frisar que a maioria das lesões cicatriza com o tratamento específico e uso de curativos de alta tecnologia, conhecidos como curativos "inteligentes".

Utilizamos também o Laser de baixa intensidade como auxiliar no tratamento dessas lesões de difícil cicatrização.

Úlcera por Varizes: é obrigatório tratar cirurgicamente os pontos de refluxo, ou seja, excluir da circulação as veias que se comunicam direta ou indiretamente com a úlcera. Existem vários métodos para isso, sendo a injeção de Espuma Densa o método Minimamente Invasivo de escolha. Sem a necessidade de internação, sem anestesia (indolor) e sem afastamento das atividades cotidianas.

Úlcera por sequela de Trombose: além dos curativos "inteligentes", é obrigatório auxiliarmos o retorno venoso com dispositivos de compressão, uma vez que essa falha no retorno venoso (dificuldade circulatória) ocasionada pela TVP, é o principal responsável pela manutenção da úlcera "aberta". Antigamente não tínhamos muita opção para esse tratamento, mas atualmente temos boas opções de tratamento para isso e com muito bons resultados. Em situações particulares, dispomos ainda, de cirurgias endovasculares para desobstrução venosa.

Trombose Venosa Profunda (TVP)

A Trombose Venosa Profunda também conhecida como Flebite ou Tromboflebite Profunda é a obstrução das “veias internas” (coagulação do sangue) nos membros inferiores ou superiores.

Manifesta-se por dor e edema (inchaço) persistentes nas pernas, piora progressiva, assimetria dos membros (uma perna mais “grossa” que a outra), endurecimento da musculatura e dificuldade em movimentar a extremidade afetada. É doença benigna e não leva a amputações, mas pode resultar em complicações agudas (imediatas) ou crônicas (tardias).

Quando não tratada inicialmente, pode atingir os pulmões e causar Tromboembolismo Pulmonar (TEP) e no futuro, resultar em edema (inchaço) crônico das pernas. Em alguns casos extremos, podem evoluir para Úlceras (feridas) de difícil cicatrização.

Em jovens, ocorre por traumas ou alterações da coagulação (Trombofilias). Em indivíduos com mais de 50 anos pode ser manifestação de um alguma outra doença. Pode ainda, acometer pacientes acamados ou após cirurgias de médio e grande porte em qualquer idade.

Portanto, se você ou outra pessoa apresentar inchaços (edema) nos membros inferiores ou dispnéia (falta de ar), como nas situações descritas acima, não demore a procurar o Cirurgião Vascular para uma avaliação.

Atualmente existem tratamentos muito efetivos para TVPs Agudas e Subgudas (recentes) que acometem veias de grosso calibre, sejam dos membros superiores (veias subclávia e axilar) ou inferiores (veias ilíaca e femoral), diminuindo rapidamente os sintomas e proporcionando uma rápida volta às atividades cotidianas e ao trabalho. Esses tratamentos consistem em medicamentos (fibrinolíticos) que são infundidos diretamente no interior dos trombos, por meio de cateterismo da veia acometida (como os realizados nos casos de infarto cardíaco) ou dispositivos (aparelhos) que dissolvem e aspiram os trombos (coágulos) “limpando as veias”. Em situações especiais, alguns pacientes podem ainda necessitar de angioplastias (dilatação das veias) e colocação de stents (uma espécie de micro- molas) para manter abertos esses segmentos venosos acometidos. Nos casos das TVPs Crônicas (antigas) quando o indivíduo apresentar sequelas da trombose (inchaço persistente, escurecimento da pele ou até a presença de feridas na perna) também existe a possibilidade – a depender do segmento venoso acometido – de desobstruir as veias com stents e melhorar os sintomas venosos.